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sábado, 24 de abril de 2010

CPERS/Sindicato: 65 ANOS DE HISTÓRIA

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Marina Lima Leal

No dia 21 de abril de 1945 foi fundado, em Porto Alegre, o Centro de Professores Primários Estaduais (CPPE), que se transformaria mais tarde no CPERS/Sindicato, o maior sindicato do Rio Grande do Sul e o segundo maior do Brasil e América Latina, com mais de 85 mil filiados.

No ano em que a 2ª Guerra Mundial terminou, um grupo de professores, sob a liderança de Clélia Argolo Ferrão, reuniu-se na Sociedade Espanhola, na capital gaúcha, e criou o CPPE, um sonho acalentado havia bastante tempo, com discussões feitas nas escolas, especialmente na Presidente Roosevelt.

Entre as primeiras reivindicações figuravam a possibilidade de ingresso das professoras e professores normalistas nas Faculdades de Filosofia - hoje Faculdades de Educação - e reajustes salariais.

Em 1973, sob a ditadura militar, o CPPE passou a se denominar Centro dos Professores do Rio Grande do Sul (CPERS), integrando aos professores primários os docentes que atuavam nos ensinos fundamental e médio. Um ano depois foi conquistado o Plano de Carreira, que por se tratar de uma das mais importantes conquistas da categoria sofre ameaças e ataques desde que entrou em vigência. Os ataques mais duros foram feitos pelo atual governo do Estado. Mas a categoria resistiu e garantiu a sua manutenção.

Apesar de atuar como um sindicato desde a sua criação, defendendo melhorias salariais, planos de carreira, aposentadoria especial, entre outros, o CPERS não podia constituir-se como tal porque pela Consolidação das Leis Trabalhistas, criada dois anos antes por Getúlio Vargas, os servidores não podiam se organizar em sindicatos.

No decorrer de sua história, o CPERS vinculou-se às lutas mais gerais da sociedade e percebeu a importância de lutar ao lado de trabalhadores de outras categorias, especialmente os servidores públicos estaduais.

Além de todas as lutas empreendidas, o CPERS buscava a conquista de uma sede própria. E isso se concretizou em 31 de janeiro de 1979, quando recebeu as chaves do prédio instalado na Avenida Alberto Bins, 480, no Centro de Porto Alegre. As instalações foram edificadas ao longo de 13 anos.

A Constituição de 1988 possibilitou a transformação do CPERS em Sindicato. A discussão foi então iniciada com a categoria. Alguns professores não concordavam com a mudança. Mas em Assembléia Geral, realizada em 6 de outubro de 1989, a sigla CPERS foi acrescida da palavra Sindicato, transformando-se no atual CPERS/Sindicato. Em 1990, a entidade também passou a representar os funcionários de escola.

Coerente com sua postura de lutar junto com os outros trabalhadores, depois de uma ampla discussão com a categoria, o CPERS/Sindicato se filiou a Central Única dos Trabalhadores (CUT). Isso deu-se em 26 de abril de 1996, durante Assembléia Geral.

Nestes 65 anos de existência, o CPERS/Sindicato tornou-se referência para o movimento sindical gaúcho e nacional e vem lutando, incansavelmente, pela dignidade dos profissionais da educação e por uma escola pública de qualidade para todos, além da defesa intransigente da democracia.

O CPERS/Sindicato é um patrimônio da democracia gaúcha e brasileira, construído por muitas mãos.

Parabéns CPERS, parabéns educadores, parabéns gaúchos e brasileiros por mais este aniversário. São 65 anos de lutas e conquistas.

Marina Lima Leal é professora e representante do CPERS/Sindicato no Conselho do IPE

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